Você já dirigiu um carro elétrico? Eles apresentam uma resposta ao acelerar que só os melhores motores a combustão alcançarão. É incrível o quão rápido uma dessas belezinhas pode chegar, em um curto espaço de tempo.
Se você está pensando em adquirir um desses é importante estar por dentro da realidade do mercado brasileiro de automóveis: em 2017, foram vendidos pouco mais de três mil carros elétricos no país.
Sim, eles já estão sendo vendidos no Brasil e queremos compartilhar as vantagens e desvantagens de comprar um destes.
Os motivos para você ter um carro elétrico
Além dos incríveis designs, da praticidade de carregar a bateria do carro em casa e de o custo por quilômetro rodado ser menor que os de carros a combustão, queremos destacar dois pontos a favor dos elétricos: desempenho e solução de combate a poluição nos centros urbanos.
1. Desempenho
Os carros elétricos impressionam com o torque e a velocidade que é possível alcançar em tempo mínimo. Segundo a Quatro Rodas, o Chevrolet Bolt pode chegar a 120km/h em 4,7 segundos!
Isso se deve a alguns fatores:
- Menor desperdício de energia;
- Entrega direta de energia nas rodas;
- Menos peso para transportar.
E você provavelmente já ouviu falar no carro elétrico mais veloz de todos: o Rimac Nevera. O veículo se torna referência mundial no mercado de automóveis, chega a 100 km/h em 1 segundo.
Para você ter uma ideia, essa é a velocidade de torque do Bugatti Chiron, o carro mais rápido do mundo.
2. Amigo da atmosfera urbana
Não há dúvidas que o carro em si é companheiro do meio ambiente: não solta fumaça ou ruídos. São importantes para melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades, por colaborar na redução de dióxido de carbono e na emissão de poluição sonora.
Há controvérsias, porém, sobre a poluição gerada em toda a cadeia de produção dos carros elétricos. Afinal, na maioria dos países do mundo, a energia elétrica é gerada a partir da queima de combustíveis fósseis. Além disso, sendo o carro elétrico muito complexo de se produzir, é necessário o transporte de várias matérias-prima e peças de diferentes partes do mundo, o que gera ainda mais poluição.
Por que você ainda não tem um carro elétrico?
Está aí uma pergunta óbvia que exige uma resposta mais óbvia ainda: eles são muito caros. Além do preço do carro elétrico mais barato de todos ser igual ao preço de um esportivo a combustão, existem outros fatores que dificultam o comércio desses automóveis aqui no país.
Fraca autonomia
Exigem muito tempo parado para pouco tempo andando. Em perfeitas condições de temperatura e pressão, esses carros sofrem para chegar aos 400 quilômetros rodados com apenas uma carga.
Apesar de a tecnologia estar se desenvolvendo e da autonomia estar subindo, ainda não é possível encontrar postos de abastecimento destes carros e incentivo para que isso aconteça.
Não são modelos feitos para off road e se não é possível viajar dentro do próprio estado, num país grande como o nosso, pode esquecer: o brasileiro não vai comprar!
Pouco incentivo federal
O governo ainda reluta a incentivar a comercialização dos carros elétricos, apesar da baixa no IPI de 25% para 7% e no corte do IOF, do governo Bolsonaro, para a compra de híbridos e elétricos no país.
O argumento contrário a esses incentivos é de que haja uma amplificação da desigualdade social no país, contribuindo para o giro de capital entre a classe alta. Para a oposição seria o famoso: “para os ricos ficarem mais ricos”.
Outra crítica ao governo é a dificuldade de investir em pesquisa e desenvolvimento na áre para que haja aceleração do processo de implementação da mobilidade elétrica no país. Na Europa, por exemplo, os governos oferecem incentivos financeiros para o desenvolvimento da engenharia automobilística.
Sem embargo, é possível encontrar outras formas de apoio ao transporte elétrico, alheios ao governo federal, como o projeto Emotive da CPFL, que promove a implementação de postos de recarga para os veículos.
Assim como o poder público da cidade de São Paulo, que, através de projeto de lei, devolverá 50% do IPVA pago aos carros emplacados na capital paulistana, ou ainda Fernando de Noronha, que proibiu a entrada de veículos a combustão na ilha a partir de 2022.
Dificuldade na revenda
E por último, existem dois complicadores para tornar um peso a revenda de um carro elétrico: a vida útil da bateria e a falta de manutenção capacitada.
Como ainda é um mercado incomum no país, a revenda autorizada é a única capaz de preservar um elétrico ou híbrido, fator que resulta num aumento do custo com manutenção. Já a bateria vem com garantia de cinco anos de duração e, apesar de a vida útil ser maior, fica quase impossível revender o automóvel após os cinco anos de uso.
Considerando os prós e os contras desses carros, você ainda ficou com vontade de ter um?
Pelo bem ou pelo mal, podemos afirmar que estes carros serão a alternativa de transporte limpo no futuro e é interessante nos atualizar a cada dia pois eles já estão por aí.
Esperamos que com este texto você tenha ficado interessado em experimentar dar uma voltinha num carro elétrico e que você considere como uma alternativa de consumo, desde que consciente dos pontos positivos e negativos.
Se gostou do texto, compartilhe com os seus amigos. Tem um amigo teimoso que jurava que os carros elétricos são verdadeiras máquinas sustentáveis e ecológicas? Que tal você provar pra ele que não é bem assim?