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Vale a pena colocar pneus convencionais em carros com run flat?

Os pneus run flat, ou “pneus que podem rodar vazios”, são cada vez mais comuns em marcas Premium, como BMW e Mercedes-Benz, mas também chegam a equipar carros mais baratos, como o Ford EcoSport Titanium.

A tecnologia permite que esses pneus rodem furados por aproximadamente 80 quilômetros de distância e a uma velocidade de até 80 km/h. Esses números podem variar de acordo com a fabricante, mas as médias mais comuns são essas.

A vantagem está na segurança de rodar em velocidade razoável e, assim, ter a possibilidade de encontrar um lugar seguro para fazer a troca ou o reparo, já que esses carros não possuem estepe.

Apesar de terem se popularizado nos últimos anos, ainda há uma série de dúvidas e polêmicas sobre a funcionalidade dos pneus run flat. Por isso alguns proprietários fazem a troca deles por componentes convencionais.

O que é um pneu run flat?

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Em um pneu comum, o ar comprimido no interior é responsável por sustentar o peso do automóvel. Quando ele fura e o ar escapa, as laterais dobram até os aros da roda tocarem na banda de rodagem. Quando isso acontece, o pneu chega ao chão e não há mais condições de rodagem.

As principais diferenças do run flat são os reforços nas laterais e bordas do pneu.

O ar também sustenta o peso nos pneus run flat, que possuem laterais e ombros reforçados. Mas eles rodam mesmo que estejam sem ar pois são feitos de um composto de borracha, cabos de aço e elementos de ligação bem mais resistentes. O talão de fixação na roda também é reforçado.

Em contrapartida, os materiais de sua composição os tornam mais duros que os convencionais. É uma má notícia para quem não abre mão do conforto, pois é muito mais fácil sentir as saliências e as imperfeições do solo, as famosas “batidas secas”. Os níveis de vibração e ruído também podem ser maiores.

Ainda é preciso fazer o rodízio dos pneus?

Além de tudo, há uma grande diferença de preço entre pneus run flat e convencionais: são, em média, de 20% a 40% mais caros. Para muitos esses motivos são suficientes para fazer a substituição. Mas quem faz isso coloca a própria segurança em risco – e não só na hora de trocar o pneu.

E se não houver outro pneu run flat na hora da troca?

Por mais que sua participação de mercado tenha crescido nos últimos anos, muitos locais ainda não têm estoque de pneus run flat, principalmente em oficinas e borracharias em estradas.

Nesse caso, o gerente da Pirelli diz que se o proprietário não encontrar um pneu run flat para fazer a substituição imediata, o melhor é acionar o seguro e solicitar um guincho ou pedir o envio de uma unidade até o local.

Caso não seja possível recorrer ao seguro, o ideal é colocar um pneu com características mais próximas possíveis ao original e seguir para o local mais próximo que permita a substituição correta.

Para manter a performance e a segurança do seu veículo, é essencial também considerar práticas como cambagem e balanceamento dos pneus, especialmente em modelos com especificações como 215/60 R17, 235/45 R19 e 225/55 R18. Estes cuidados garantem uma dirigibilidade mais suave e prolongam a vida útil dos pneus, proporcionando uma experiência de condução mais segura e confortável.